quarta-feira, março 21, 2018

Dia Internacional da Síndrome de Down






Combater o fogo com Fogo. Como o humor pode ajudar a ultrapassar o trauma

O grupo Trigo Limpo teatro ACERT está a percorrer aldeias de Tondela e a pôr as pessoas a rir da própria desgraça. É uma forma de superação.

quinta-feira, março 15, 2018

Deixar ir na Onda













# O Resto de Nós na Cidade #

De abandono em abandono Com texto de Nuno F.Santos Fotos:Paulo Pimenta Que o nosso amor não acabasse à venda numa loja. Não foi um dos votos naquele Maio de 68 aquando do mundo a mudar e dos umbigos a desaparecer-nos por sob a família a crescer. Maio do século XX, claro. Pois poderia perfeitamente ser aquilo que não quiséssemos, mesmo, que acontecesse em palavra assumida no Registo albergue para os cigarros, por detrás do fumo e do beberete. Um dos consensos. Temos muitas diferenças por entre acordos de silêncio, mas sei que quando sou operado à próstata não há lâmina que te corte a presença no recobro. A primeira cara a seguir à lambadinha do enfermeiro e dos sons das máquinas. E a tua coluna tem a pomada diária... eu sei.... aqueço as mãos antes... eu sei. Há quem grave letras nas árvores, quem ache que os colchões de água são o mais extravagante da motelândia de trazer por casa, que o redondo fica sempre bem e que os viadutos ou os muros com postes a servir de planta servem para dormir debaixo... nunca por cima. Para nós são o passeio nocturno. Ver os carros e as casas a ser menos visíveis dá-nos a paz de sonhar com o escuro que ainda se faz e a cama lavada – nem sempre a tivemos por escassez de notas ou por riqueza de fluídos - e com o nosso suporte de tantas noites e manhãs apressadas... ah os tampos de aglomerado. O cheiro deles na cevada e o quarto frio contigo a seres o tesão a arrumares-te para o emprego e para a reforma. Arruma-te querida que vamos ao mar um dia destes. Decidimos a nossa cama, o nosso sofá, o nosso encosto. Decidimos o que comprámos ser de quem quer não por leilão ou moda vintage de qualquer loja, de qualquer venda. De quem quer. De quem quer ser a extensão do que dorme e usa com passado. O que tocamos e o que nos toca não é para ser vendido. Então que o nosso pobre amor, de humilde, seja partilhado com vista para a natureza urbana, que de toque vai tendo pouco. Não pagamos mais renda, mas estamos juntos em todas as camas que quiserem dois memoráveis que habitaram os prédios com acesso para as ilhas todas... antes das ilhas serem gourmet para quem as vem ver a falar em bando e em línguas que não conhecemos para lá das legendas da TDT.


quinta-feira, março 01, 2018

Deserto de Medeia
De Luisa Pinto