quinta-feira, dezembro 29, 2011
#Uma noite no Inferno, um dia no Paraíso….#
Uma noite no Inferno, um dia no Paraíso….
Mal refeito de uma noite sofrida de pesadelos, o fotógrafo, de bigode franzido, permanece desconfiado das promessas de visita a um lugar idílico, e junta-se ainda pouco disponível aos demais elementos ‘da expedição’, que hão-de levá-lo estrada fora, algures no monte. Entra no automóvel e confessa voluntariamente as diatribes causadas pelo sono, ou melhor, pela ausência dele. Em breve, o dia vai revelar-se perene de surpresas e o semblante tolhido e carregado do portador da câmara vai metamorfosear-se e esboçar sorrisos de contentamento.
Vencidas umas boas duas horas de caminho, é servida a primeira dose de paisagem arrebatadora nas imediações de Drave. Os circunstantes, em ritmo de aproximação descendente à aldeia, aprestam-se a fazer um percurso que mais se assemelha a uma endoscopia às gargantas montanhosas que impedem o olhar de fixar-se noutras direções.
O jipe que nos transportou pelos caminhos sinuosos através da montanha já algum tempo ficou para trás, estacionado no limite autorizado. O trilho é feito a pé, entre paragens para observar um pormenor arbóreo, uma ladeira, um curso de água ou um simples muro. Avista-se Drave e o seu recorte de casario majestoso de xisto, envolto em pequenos prados em declive. O fotógrafo há muito se deixou cativar e quase sempre fica na retaguarda, onde se detém a captar um pormenor da máxima importância, experimentando ângulos e perspetivas, testemunhando claros sinais de carros de bois que outrora venceram a encosta.
Chegados ao local, é difícil divorciarmo-nos dele, agora que calcorreamos todos os carreiros e visitamos as casas, as que caíram e as recuperadas, e Drave com o seu quê de habitável e a mesma porção de abandono, não verga, continua ali, digna, tributária de quem a visita e lhe devolve o esplendor num convite das suas virtudes feito passa-a-palavra. O fotógrafo faz zoom-out e vem carregado: de imagens e satisfação. Sem dormir?! Não é (g)Drave!
João Fernando Arezes
domingo, dezembro 25, 2011
sábado, dezembro 17, 2011
Um beijinho muito muito grande para ti mãe, gosto muito muito de TI.
Vem
Come to me
O Espírito da Paz
Vem
Além de toda a solidão
Perdi a luz do teu viver
Perdi o horizonte
Está bem
Prossegue lá até quereres
Mas vem depois iluminar
Um coração que sofre
Pertenço-te
Até ao fim do mar
Sou como tu
Da mesma luz
Do mesmo amar
Por isso vem
Porque me quero
Consolar
Se não está bem
Deixa-te andar a navegar
Madredeus
quarta-feira, dezembro 07, 2011
# O FIO DA VIDA #
O Fio da Vida
Ana Carolina
Já madruguei nos teus braços
Toquei-te a boca num beijo sem fim
Já foste minha nesse sonho que acabou
Já foste a luz que agora o tempo apagou
E se essa luz me afagava
De cada vez que passavas por mim
Agora queima-se o pavio deste amor
Fecha-se a porta pra tentar fugir à dor
É só poeira
Da caminhada que eu já fiz
Vou-me afastando
Do somho aonde fui feliz
Ando perdido
Como um amante sem lugar
A vida acaba mesmo sem antes começar
aqui
Eram os teus lépidos olhos
Que davam corda ao meu coração
Agora encosto-me à saudade de nòs dois
Abro a janela para a luz que vem depois
É só poeira
Da caminhada que eu já fiz
Vou-me afastando
Do sonho aonde eu fui feliz
Ando perdido
Como um amante sem lugar
A vida acaba mesmo sem antes começar
aqui
Rodriguo Leão
A Montanha Mágica
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