segunda-feira, janeiro 22, 2007

# FEZ-SE JUSTIÇA ? #














Pois é, os tribunais não gostam de pessoas comuns.Os tribunais gostam ou toleram quem os ludibria,quem faz jogo de cintura,quem chorando lhes apela ao coração ou se resguarda em milionárias defesas construídas nos interstícios da lei. Estes grupos, na sua diversidade, quase se constituem como tipos no sentido vicentino do termo, nesse espaço dramático que são as salas de audiência dos palácios da justiça.No topo desse espaço , sentados em posição de destaque e devidamente encasulados nas suas vestes, os juizes vão não só decidindo como criando de si uma imagem de serenidade e ponderação que parece tão antiga quanto o latim que identifica o tribunal como domus iustitiae.

Excerto da Crónica “Fez-se Justiça?”, de Helena Matos, publicado no Jornal Público, na pag.5, Espaço Público, Sábado 20 Janeiro 2007,sobre a sentença do sargento Luís Gomes

# PARTIR SEM CONTAR #



















Recordar é um acto ético, tem valor ético em si e por si. A memória é, dolorosamente, a única relação que podemos ter com os mortos. Por isso a crença de que a memória é um acto ético é profundo na nossa natureza enquanto humanos,que sabemos que vamos morrer, e que choramos os que seguindo o curso natural das coisas morrem antes de nós – avós, pais, professores,e velhos amigos. A insensibilidade e a aménia parecem andar de par.
OLHANDO O SOFRIMENTO DOS OUTROS de Susan Sontag

domingo, janeiro 14, 2007

# EXPOSIÇÃO NA FNAC #


As Três Primeiras MúsicasFotografias de Paulo PimentaDe 15 de Janeiro a 15 de Março de 2007Galeria Foto Fnac Sta. Catarina




















"Se há um concerto, ele está lá. Esteve sempre, ao longo dos últimos 13 anos: dos W.C. Noise aos U2, da garagem ao estádio, da primeira à última música (mesmo que só para fotografar as três primeiras). Best of de 13 anos na primeira fila, As três primeiras músicas é uma volta ao gigantesco portfolio de concertos do fotojornalista Paulo Pimenta em 40 e poucas imagens."Inês Nadais

sexta-feira, janeiro 05, 2007

# EQUÍVOCO #





«Viver, não importa como, mas viver!...`como isto é verdade, meu Deus!O homem é cobarde,mas não é menos cobarde quem lhe lança em rosto a sua cobardia!»

«Não,essas pessoas não foram feitas da mesma maneira que as outras…O verdadeiro ´senhor` a quem tudo é permitido bombardeia Toulon,arrasa Paris, ´esquece` um exército no Egipto,perde meio milhão de homens na campanha de Moscovo,salva-se por milagre em Villa,graças a um equívoco,e depois da sua morte erigem-lhe estátuas…sinal de que`tudo´lhe é permitido.Não,essas pessoas não são feitas de carne e osso,mas sim de bronze.»
DOSTOIEWSKI Crime e Castigo