domingo, agosto 31, 2008

# Noites Ritual 2ºNoite 2008 #











Palácio Cristal 30 Agosto 2008
foto_01_Rita Redshoes
foto_02_Linda Martini
foto_03_Buraka Som Sistema
foto_04_Pessoal

sábado, agosto 30, 2008

# Noites Ritual 2008 #



















Palácio de Cristal, 29 aGOSTO 2008
Foto_01_Sizo
Foto_02_Micro Audio Waves
Foto_03_Sam The kid
Foto_04_Tiago Bettencourt

quinta-feira, agosto 14, 2008

# Série 7# Procura-se

Dois pianos abrigam-se mutuamente da ameaça de chuva. O da esquerda, desafinado, está virado a oeste, de onde chegam sempre as nuvens carregadas e o vento húmido do Atlântico, depois de soprar com vigor sobre os carneiros brancos nos cumes azuis das vagas. O da direita, intacto, virado a este, onde o ar polar do Ártico traz consigo as últimas neves, gelo e bolas gigantes de granizo como os novelos de lã dos carneiros tosquiados. Costas com costas, as pretas e as brancas dos pianos não se vislumbram, nem sequer se ouvem, mesmo tocando mudamente para si dentro da protecção de madeira que as cobre. São dois pianos parados, assim, como se fosse normal estarem em movimento, o som a voar dos pedais à cauda; assim, parados como é normal os pianos pararem quando todos deixam a sala de concertos e o Steinway fica ali, quieto e mudo, orgulhosamente preto e lustroso, como um bom par de sapatos de homem, a fazer olhinhos às brancas. Os pianos não se conhecem mas fazem-se companhia. Ali, no meio daquela estrada barulhenta de ambulâncias e carros de corrida dos novos-ricos dos subúrbios, é importante que os pianos permaneçam juntos na eventualidade de um humano chegar, levantar a tampa e, no meio daquela estrada poluída de veículos pesados e prioritários a caminho do hospital e do jantar quente na mesa, a dois passos da lavandaria que me roubou o casaco de presilhas, tocar as brancas e as pretas em simultâneo. Repito, em simultâneo, e, assim, deixar o som sair.



































Todos os pianos são mudos até serem tocados.

Como um corpo, o da direita sente as cordas vibrarem de horror quando o humano toca as teclas claro-escuro do piano do Oeste. Diria antes, faroeste porque aquela harmonia completamente desafinada soava a um acordeão irlandês tocado por um músico no Texas a tomar uísque escocês. Arrgh, arde na garganta! O próprio piano do Oeste compreende o desespero do outro, porque são as suas cordas, porra, que estão a ser puxadas até à exaustão por estes dedos humanos sem ouvido para a música. Pára imediatamente!, gritam as cordas do Oeste, sopradas com os ventos atlânticos, quando os dedos tocam a escala superior. O da direita suspira de alívio, mas por pouco tempo, porque sente os passos, e atrás dos passos vêm as mãos, os dedos, as unhas do humano tocarem as suas teclas intactas. O do Este ainda sente o frio da geada desta manhã, mas as mãos do homem estão quentes e ele treme de desgosto ao sentir aquela mão papuda, redonda, pesada, grossa e peluda a tocar as suas delicadas brancas e pretas. Os dois pianos, assim violados pela mão humana, fecham os olhos lentamente na esperança do resgate do momento anterior, quando não havia homens, e quando estavam simplesmente (já ninguém usa mais o verbo estar; estar estando), à espera da chuva, em frente a uma garagem fechada, no meio do nada. Tenho testemunhas.
Estes dois pianos não sentem falta do humano que ali os deixou, abandonados à sorte dos carros do lixo da Câmara, dos bombeiros ou da caridade. Não sabem para onde irão, provavelmente não sabem de onde vêm, não sabem voltar, não são como os gatos que sempre encontram o seu caminho de volta.

DESAPARECERAM
Dois pianos, de madeira castanha, um pouco velhos mas muito queridos.
Costumavam estar em frente àquela garagem. Agradece-se a alguém que os veja, por favor contacte
Verónica
Maria David
Liverpool, 24 de Abril, 2008

domingo, agosto 03, 2008

# PAREDES DE COURA 4ºDIA #

CONCERTO THIEVERY CORPORATION









CONCERTO THE LEMONHEADS






CONCERTO BIFFY CLYRO








CONCERTO TRIBUTO A JOY DIVISION

























CONCERTO AU REVOIR SIMONE















CONCERTO RA RA RIOT


































Concerto We Are Standard






















































































































O rapaz do lado leva com a "set list" dos Thievery Corporation em cheio no peito e é mesmo o fim. Au revoir Paredes de Coura.
Inês Nadais

sábado, agosto 02, 2008

# PAREDES DE COURA 3ºDIA #







CONCERTO WRAYGUNN














CONCERTO dEUS











CONCERTO TEENAGERS







CONCERTO SPIRITUAL FRONT







































































O público está com Paulo Furtado e Paulo Furtado está com o público. Vimos Deus (e os dEUS). Já não usa óculos.

Inês Nadais

sexta-feira, agosto 01, 2008

# PAREDES DE COURA 2ºDIA #


CONCERTO PRIMAL SCREAM



CONCERTO EDITORS



CONCERTO THE SOUNDS











CONCERTO THE RAKES





















CONCERTO TWO GALLANTS




































































































Adeus fantasma dos Sex Pistols passados, o futuro é uma canção de Natal dos Primal Scream. Estivemos a 15 centímetros da melhor música do mundo. Movin' on up, now.
Inês Nadais