Cruzam olhares sublimes entre gestos coreografados. No mesmo palco, rebeldia e fragilidade, encarnadas em Phoebe Killdeer e Mélanie Pain. Ainda inocentes, de collants e sabrinas brilhantes, pisam o palco do Sá da Bandeira. A dança é ténue, aos acordes de Killing Moon. Ao primeiro “merci”, sente-se a timidez que esconde a irreverência das meninas dos Nouvelle Vague. Mudam as luzes, os lábios vermelhos de Phoebe, segredam ao microfone: “Enough serious stuff...Cheers! Cheers, everybody!”. Brinda-se ao som de Too Drunk to fuck – nem a cambalear falta sensualidade. Os corpos tornam-se atrevidos, a loucura é contagiante e momentânea, soa perfeitamente a embriaguez.
Conhecem-se as letras, recriam-se os clássicos. Pensar que o tempo é efémero? Isso não parece ser problema para os franceses Nouvelle Vague, que tal como o movimento artístico do cinema francês dos 70´s, retiram à música qualquer intransigência. Acrescentam-lhe sempre mais, algo que oscila entre o ecléctico e o exótico, quando aferrado pela voz da menina de pernas de bailarina, que faz lembrar a extravagância de Nina Hagen. Canta Guns of Brixton: os movimentos são intensos.
Phoebe Killder provoca e hipnotiza, espalha charme com a voz. Ri-se, quer mais, falta criar a ambiência porque deseja a luz perfeita. É então que pede: “red lights, please”. Vontade seja feita. Phoebe agradece com um “obrigado” afrancesado, ansiosa por mais um surto de loucura. Os ânimos suavizam, a plateia fica imóvel. Assim que, a boneca de gestos delicados e voz doce trauteia “When routine bites hard and ambitions are low” - é impossível não ficar rendido ao Love will there us apart dos Joy Division, apropriado por Mélanie. A ternura continua, In a manner of speaking, ressoa veludo, é impossível ficar indiferente ao cover de moldes acústicos dos Tuxedomoon.
Encheram a sala e espalharam, por duas horas, cor e estilos mesclados. Trouxeram consigo Gerald Toto, a voz doce e felina, que ajudou a seduzir na noite que envolveu o teatro Sá da Bandeira de mística. O concerto de dia 7, na Aula Magna vai ficar na memória, foi a escolha da banda para gravar o primeiro disco ao vivo. O rendez-vous foi em três concertos: Porto, Lisboa, Guimarães. Para quem foi, dispensam-se mais apresentações, a lotação ficou esgotada, os rostos contentes à saída subscrevem a despedida de Mélanie: “Nous sommes Nouvelle Vague, pour vous”
Marília Moura
Conhecem-se as letras, recriam-se os clássicos. Pensar que o tempo é efémero? Isso não parece ser problema para os franceses Nouvelle Vague, que tal como o movimento artístico do cinema francês dos 70´s, retiram à música qualquer intransigência. Acrescentam-lhe sempre mais, algo que oscila entre o ecléctico e o exótico, quando aferrado pela voz da menina de pernas de bailarina, que faz lembrar a extravagância de Nina Hagen. Canta Guns of Brixton: os movimentos são intensos.
Phoebe Killder provoca e hipnotiza, espalha charme com a voz. Ri-se, quer mais, falta criar a ambiência porque deseja a luz perfeita. É então que pede: “red lights, please”. Vontade seja feita. Phoebe agradece com um “obrigado” afrancesado, ansiosa por mais um surto de loucura. Os ânimos suavizam, a plateia fica imóvel. Assim que, a boneca de gestos delicados e voz doce trauteia “When routine bites hard and ambitions are low” - é impossível não ficar rendido ao Love will there us apart dos Joy Division, apropriado por Mélanie. A ternura continua, In a manner of speaking, ressoa veludo, é impossível ficar indiferente ao cover de moldes acústicos dos Tuxedomoon.
Encheram a sala e espalharam, por duas horas, cor e estilos mesclados. Trouxeram consigo Gerald Toto, a voz doce e felina, que ajudou a seduzir na noite que envolveu o teatro Sá da Bandeira de mística. O concerto de dia 7, na Aula Magna vai ficar na memória, foi a escolha da banda para gravar o primeiro disco ao vivo. O rendez-vous foi em três concertos: Porto, Lisboa, Guimarães. Para quem foi, dispensam-se mais apresentações, a lotação ficou esgotada, os rostos contentes à saída subscrevem a despedida de Mélanie: “Nous sommes Nouvelle Vague, pour vous”
Marília Moura
5 comentários:
Foi fantástico este concerto, pena o público não ter contribuido tanto durante o concerto como o fez no final. Faltou um pouco de garra da nossa parte. Da parte deles foi 5 estrelas! Músicos fantásticos que o comprovaram em palco o todo seu talento! Vozes e arranjos musicais que fizeram justiça aos originais! As tuas fotos espelham a intensa performance destes brilhantes "jeunes musicians".
Olá Paulo, aqui fala o Paulo
Visita o meu diário :)
http://seromano.blogspot.com/
mais fotos em
www.imagerush.co.cc
Abraço e boas fotos
Ola Paulo...poucas fotos, tiraste bastante mais ;)
Grande concerto sim, provámos mais para o final a garra que tem o nosso público, mas não deixaram de haver momentos arrepiantes!
Eu estava era sempre na expectativa de quando lhes acabaria as músicas...o artista convidado, Gerald, preencheu de forma fenomenal o tempo de concerto. :)
Segue com o bom trabalho.l
boa tarde
sou aluno do 2º na e.s.a.p. e estou a desenvolver um trabalho sobre o porto.tenho k tambem apresentar uma aula de 5/10min sobre alguem que tenha haver com o trabalho,e disseram-me que tinhas uns "retratos sociologicos" do porto...gostava de saber s me podes dar alguma informaçao sobre esse trabalho cmomo o porque?de onde surgiu a ideia?etc..se podesses disponiblizar um link onde podesse ver as fotos desse trabalho era optimo.
agradecia uma resposta o quanto antes
obrigado
tiago dias
Boa noite
Como parte da actual equipa de gestão do Teatro Sá da Bandeira, encontro-me a reunir imagens e outra informação sobre o teatro, com o intuito de a incluir na página web.
Encontrei umas fotos do concerto de nouvelle vague no seu blog que me despertaram bastante interesse.
Permite-me a sua utilização no nosso site?
Caso concorde, e caso tenha estas ou outras fotografias com maior resolução (640x480 seria óptimo), pode enviar-mas para o mail? jorge.queiroz@teatrosadabandeira.com
A respectiva autoria será mencionada na página.
Grato pela atenção dispensada
Jorge Queiroz
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