





Felicidade: desafio tão simples como ser-se feliz em idade, qualquer que ela seja, e tão complexo de definir na diversidade universal dos parâmetros do que é tangível fazer-se para a satisfação do eu e do nós. Afinal, neste devir contínuo dos dias com que matizamos as nossas emoções e racionalismos há quase sempre a depreciação do trivial, o nosso ódio à rotina tolda-nos a vista para a fruição do normal, dos ditos pequenos prazeres. Pelo menos ainda sabemos o que não queremos: a infelicidade.
No advento da globalização há quem queira vender-nos felicidade por cartão de crédito e domesticar...os nossos hábitos, na distância de quem quer domesticar até os nossos hálitos. Felicidade pode significar..."matar"! Descansem e deixem-me fechar aspas, adicionando "saudades". Pois afinal, matar saudades ainda não é crime. A ideia de felicidade é legítima, mas infelizmente não imperativa. Felicidade devia ser a única ideia de ditadura admissível para prescrever a cada um de nós.
João Fernando Arezes