quinta-feira, setembro 14, 2006

À ESPERA POR ROMA



























À espera de ver o papa e à espera que o papa morra.
À espera que haja fumo branco.
À espera de um deus e à espera do outro.
À espera de crescer.
À espera sem saber bem de quê?
À espera que chova e à espera que não.
À espera da sombra e à espera de um clique.
À espera que o telefone toque.
À espera do passarinho.
À espera que algo aconteça.
À espera que o museu feche e a gente dos quadros faça ouvir a sua voz.
À espera do melhor sorriso delas.
À espera que o dia nasça e à espera que a noite acabe. E vice-versa.
Em Roma e à espera, enfim.
Não é à toa que dizem que é preciso saber esperar.

Manuel Jorge Marmelo

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